sábado, 26 de julho de 2008

Convívio Celebração de Aniversários e Comemoração do Dia dos Avós

26 de Julho de 2008

Como já é hábito no último sábado de cada mês, o Centro Comunitário das Portas do Sol realizou o tradicional convívio entre os utentes e a comemoração de aniversários de pessoas que fazem anos no respectivo mês. Cada um levou um petisco. O Centro Comunitário das Portas do Sol ofereceu os refrigerantes e o bolo de aniversário.

O CONVÍVIO

Os utentes Graça Carvalho (frequenta o nosso grupo coral, que tem ensaios à 6ª feira), António e Céu Marchão (frequentam as nossas aulas de ginástica de manutenção - no gimnodesportivo do CCD Oriental de São Martinho - e de hidroginástica - nas Piscinas municipais), Júlia Valentim(frequenta o nosso grupo coral, que tem ensaios à 6ª feira), Fernanda Pardal e Maria de Jesus da Conceição.

NOTA A frequência do grupo coral do Centro Comunitário das Portas do Sol é gratuita. Este é dirigido pelo maestro João Lourenço. Quem quiser frequentá-lo de livre e espontânea vontade só tem de se dirigir à nossa sede e inscrever-se.

As utentes Lurdes Cruz, Margarida Rodrigues, Maria José Costa e Nazaré Gouveia.
As utentes Odete Rebelo, Isilda Pereira, Gabriela Lopes, Julieta Campos, Maria José Esteves, e, Maria José Matos.
A CELEBRAÇÃO DO DIA DOS AVÓS
Este ano, pela primeira vez, o Centro Comunitário das Portas do Sol celebrou o Dia dos Avós - 26 de Julho. Ao som das mais conhecidas canções infantis, as crianças brincaram muito na sala do ATL Raios de Sol (pintaram, fizeram bonecos em pasta de modelagem, etc.). Como homenagem, os netos ofereceram aos avós diplomas alusivos ao dia, com um pequeno poema e a sua assinatura. Os mais pequeninos, que não sabiam escrever, assinaram com a marca da mão feita com tinta lavável.
A Avó Nazaré Gouveia e a neta Leonor (3 anos de idade)

O desenho oferecido pela pequena Leonor à avó Nazaré
A avó Julieta Campos e os netos Margarida (8 anos) e Luís Henrique (6 anos)

Os Avós Manuel e Isabel Nicolau e os netos gémeos Matilde e Mateus (3 anos)
O avô e o neto (ambos com o mesmo nome) António Teixeira (8 anos)
A CELEBRAÇÃO DOS ANIVERSÁRIOS

As crianças cantaram os parabéns às aniversariantes

As aniversariantes Julieta Campos (63 anos) e Nazaré Gouveia (65 anos)

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Visita à Exposição Fotográfica «Covilhã Antiga» - 1860 a 1960

23 de Julho
17h00
O Centro Comunitário das Portas do Sol e algumas das suas utentes (11 pessoas) vistou a Exposição de fotografia "Covilhã Antiga", propriedade da loja de fotografia Ilfoto, que dão a conhecer a cidade entre 1860 e 1960, patente na Loja Ponto Já, no Edifício do Mercado Municipal .

A Exposição

Rua Comendador Campos de Melo (vulgo Rua Direita) - edifícios que arderam após 25 Abril

Igreja de Nossa Senhora da Conceição, junto ao Jardim Municipal.

Largo 5 de Outubro, ainda com o monumento de homenagem ao soldado desconhecido - 1931

Praça do Município ainda com o coreto

Praça do Município ainda com placa de estacionamento e polícia sinaleiro

Edifício da Câmara, Cadeia e Telefones. Muralha sobre o antigo café Montalto (hoje Millenium - BCP)

Demolição do antigo edifício da Escola Central (antigamente situada onde hoje se encontra o Sporting Shopping Center)

Demolição do antigo edifício conjunto da Câmara, Cadeia e Telefones.

Escola Campos de Melo

Fonte que se encontrava no Pelourinho e, hoje, está no largo junto ao Jardim Municipal.

Antigas piscinas municipais, frequentadas por gente de todas as idades durante várias gerações. Hoje o espaço é coberto e nele realizam-se aulas de natação e hidroginástica.

Antigo edifício dos Correios

Antigo quartel - hoje Pólo I da Universidade da Beira Interior

Antiga esquadra PSP (cedida gratuitamente à actual APPACDM) e café Senhor Gavinhos, antes frequentado pelos taxistas

Antigo Quartel - hoje Pólo I da UBI - Igreja de São Martinho e Fábrica Têxtil Giria
Edifício conjunto da Câmara, Cadeia e Telefones. Vê-se também a muralha do antigo Café Montalto (hoje Banco Millenium BCP)
Demolição do antigo edifício câmara cadeia e telefones
Praça do Peixe (frente ao antigo edifício do BNU) , na Rua António Augusto de Aguiar.
Praça do Município ainda com a Joalharia Franklin, onde está hoje o Teatro-Cine

Parada dos militares do antigo quartel na Praça Município (1931)
Rua Capitão Alves Roçadas - ainda com drogaria Pedroso, farmácia Pedroso, café Leitão - onde hoje está o café Centro Cívico

Antigo Café Montiel e Papelaria Ideal da Beira
Testemunho da covilhanense Maria da Conceição
Alves Barata Carrilho – 68 anos
Recordo-me do quartel antigo (hoje pólo I da UBI), que eu lembro-me quando era garota, passava lá e andavam os soldados lá com os cavalos, passavam pela rua – que era muito bonito -, atrás das empregadas (chamavam-lhes sopeiras – que eram as criadas de servir), e eles andavam atrás delas, e o quartel era muito bonito. E lá em cima na carreira de tiros, onde eles faziam os treinos. Recordo-me disso tudo, e achava que se agora estivesse cá o quartel seria uma grande cidade.
A Escola Central não era onde está agora, era ali onde é o Banco Espírito Santo e o Sporting Shopping Center.
Recordo-me da cadeia, onde era a Câmara – até fazia um arco para passar para Santa Maria. E atrás da Câmara, ainda lá está atrás uma mina de água – que vem ter ao Calvário. Diziam que era aí que metiam os presos para os levar de um lado para o outro.
Quanto a mim confesso que o Pelourinho está muito triste. Está tudo a ir lá para baixo, levaram tudo aqui do centro e o Pelourinho está triste. As pessoas não têm onde pôr os carros e tudo o que têm é a pagar. Saímos à noite, aqui no centro não se vê ninguém. Recordo-me do Pelourinho antigo, que havia uma placa no meio da praça, punham lá os carros. Havia lá um coreto, para onde a banda ia tocar. O coreto foi para o jardim e daí levaram-no para o Paúl, mas é uma pena. Lembro-me da fonte, que sempre esteve ao pé do antigo café Montalto, e depois é que a mudaram ali para o jardim. O monumento ao soldado desconhecido, que está no jardim, estava no Largo 5 de Outubro. Junto à actual Caixa Geral de Depósitos havia umas grades, que iam para baixo, e aqui estava um largo e chamavam-lhe o Chiado, que era uma loja que lá havia. Junto à Igreja da Misericórdia, na Rua Capitão Alves Roçadas, (onde estão os correios novos) havia 2 ou 3 escadas onde havia uma farmácia, uma drogaria, umas tabernas, uma loja que era do Romano e o solar - que era uma casa onde as pessoas iam comer e jogar cartas, etc – , havia uma barbearia, havia um alfaiate (o Senhor Roque). Antigamente houve lá um salão de cabeleireiro, que era a Dona Carmen, e havia lá vários Partidos de esquerda – só que depois aquilo ardeu, já a seguir ao 25 de Abril. Já na rua que desce para Santiago estava o Senhor Abílio que fazia barbas e cortava cabelos.

Sociologia Algarve: Violência e Família - I Jornadas de Sociologia

Sociologia Algarve: Violência e Família - I Jornadas de Sociologia

domingo, 20 de julho de 2008

«Um Olhar sobre o Cancro da Mama» - pelo Professor Dr. José Alberto Moutinho

Sessão de esclarecimento
«Um Olhar sobre o Cancro da Mama»
16 de Julho de 2008

O médico especialista em oncologia ginecológica foi apresentado ao público interessado (mais de 30 pessoas)

O nosso mais profundo agradecimento ao Senhor António Franco - presidente do CCD «Oriental de São Martinho», por ter cedido as instalações do salão nobre da colectividade para a realização desta iniciativa.

O Professor Dr. José Alberto Moutinho fez toda a sua carreira de médico na área da Ginecologia Oncológica. Para além de ter já trabalhado no Instituto Português de Oncologia (IPO), nos Hospitais Universitários de Coimbra (HUC) e noutras instituições onde existe esta especialidade, dedicou também grande parte da sua carreira científica à oncologia.
O Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) é agora o seu local de trabalho três dias por semana, um projecto novo que para além de suprir uma carência ao nível do tratamento de pessoas com este tipo de doenças, presta também apoio a diversos projectos que decorrem no Centro de Investigação de Ciências Médicas (CICS) da Faculdade de Ciências da Saúde.
APRESENTAÇÃO DO TEMA O cancro da mama é uma das principais causas de morte da mulher, sobretudo entre os 45 e os 55 anos de idade. Verifica-se ainda que a incidência do cancro da mama aumenta todos os anos devido a diversos factores (envelhecimento da população; maus "hábitos"; medicação hormonal; e, por fim, tóxicos ambientais).
No entanto, nem tudo são más notícias. A mortalidade por cancro da mama diminui todos os anos. Isto por que, existe uma maior sensibilização das mulheres para o diagnóstico precoce, realizam-se programas de rastreio com maior regularidade e eficácia, e, verificou-se uma melhoria nos métodos terapêuticos.
Existem duas variedades de cancro da mama: o familiar/genético (surge sobretudo na pré-menopausa); e o ambiental (surge na pós-menopausa).
Os principais factores de risco para o cancro da mama são pertencer ao sexo feminino e a idade. Nos factores secundários encontram-se: o antecedente pessoal; a hereditariedade; menstruação precoce (abaixo dos 12 anos); menopausa precoce (antes dos 50 anos); ausência de filhos; idade da primeira gravidez a termo (acima dos 30 anos); antecedente de cirurgia à mama; antecedente de exposição a radiações ionizantes; dieta rica em gorduras; obesidade; sedentarismo; tratamento com estrogénios; e outros, como os hábitos alcoólicos e o tabagismo.
É preciso ainda tomar atenção a determinados sinais que apontam para cancro:
  • NÓDULO MAL DEFINIDO
  • REPUXAMENTO DA PELE
  • PELE TIPO CASCA DE LARANJA

  • INVERSÃO DO MAMILO (existem duas formas, uma benigna e outra maligna)

  • SANGUE PELO MAMILO

  • "EROSÃO" DO MAMILO

Como tal, se a longevidade é cada vez maior - tanto nos homens como nas mulheres - a incidência desta doença é maior.

Dentro dos métodos de diagnóstico do cancro da mama encontram-se vários tipos, mas deve sempre começar pela palpação do peito.

No que toca a Exames Médicos existem:

(dentro da Imagiologia)

MAMOGRAFIA
A mamografia em intervalos regulares (1 a 2 anos a partir dos 40 anos) reduz a hipótese de cancro em pelo menos 25%.
Vantagens: redução da mortalidade na pós-menopausa; controlo de qualidade na mamografia; método mais económico e abrangente que sensibiliza a comunidade.
Desvantagens: falsos positivos (20 a 40%); falsos negativos (cerca de 10%); biopsias desnecessárias; ansiedade; cancerofobia.
ECOGRAFIA MAMÁRIA
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (só detecta cancros)

ESTUDO CITOLÓGICO (retirar células com agulha para análise)
MICROBIÓPSIA (também retira tecido para análise)
BIÓPSIA DIRIGIDA
ESTUDO HISTOLÓGICO
As principais queixas em mulheres com cancro da mama são: sensação de tumor (nomeadamente, na palpação após o banho); líquido sanguíneo pelo mamilo; alteração no volume da mama; mamografia sugestiva de cancro; e, dor (este apenas em último grau). Mas, atenção, nem sempre são sinais de alarme, já que 30% das mulheres com tumor não têm cancro.
O estadiamento do cancro da mama (localizado ou não) divide-se em três fases e tem diferentes tipos de tratamento:
1. Inicial (Cirurgia conservadora + Radioterapia; Mastectomia); 2. Localmente avançado (Mastectomia; Quimioterapia + Cirurgia; Quimio + Radioterapia + Cirurgia; 3. Disseminado - com metástases nos ossos, fígado, ovários, pulmões, e outros orgãos do corpo humano- (Individualizado).
QUIMIOTERAPIA
RADIOTERAPIA
MASTECTOMIA

CIRURGIA CONSERVADORA

Tratamento adjuvante (complementar): - Risco de Recidiva Local - Radioterapia (normalmente apanha o coração e os pulmões) - Risco de Disseminação à Distância - Quimioterapia (feita, como o próprio nome indica, através de medicamentos) - Hormono-dependente - Hormonoterapia

Na opinião do Professor Doutor Moutinho, é verdade que o cancro é desfigurante, contudo, tem bom prognóstico. Aliás, quanto mais velha é a mulher, sublinha, menos probabilidades tem de morrer de cancro da mama.

O que deve ser feito para diminuir a incidência e a mortalidade por cancro da mama? RASTREIO ORGANIZADO

Medidas preventivas
- AUTO-EXAME DA MAMA - deve ser feito mensalmente a partir dos 20 anos de idade;
- Alteração comportamental: exercício físico; emagrecimento; dieta pobre em gorduras animais; preferência pelo azeite; ingestão de fibras, vegetais e frutas. Quanto maior a ingestão de gorduras animais, maior a probabilidade de contrair cancro.
- Quimioprevenção
- Estudos não controlados: estatinas; AINE; Isoflavonas de soja; óleo de Onagra; "chá verde", etc. - Estudos controlados e aleatórios: Tamoxifeno (pode originar trombose, toxicidade cardíaca, etc, porque a mortalidade na pós-menopausa é muito menor do que na pré-menopausa); Raloxifeno; Inibidores de Aromatase. Imagens de cancro da mama em estágio avançado e manifesto:
AS DÚVIDAS RESPONDIDAS PELO ESPECIALISTA

Lurdes Pedro
P: O que é que sucede quando o resultado é negativo?
R: Desde que se forma a primeira célula, demora cerca de 20 a 25 anos a manifestar-se. Mas também há cancros que se manifestam logo.
P: O que sucede se realizar uma estrectomia?
R: Se tirar os ovários tem menos probabilidade de contrair a doença, por causa dos estrogéneos.
M.ª Purificação Silva Marques
P: Fiz uma estrectomia (útero e ovários) e houve um quisto que rebentou no ovário esquerdo e foi para os intestinos, mas como não apanhou infecção o médico disse que não havia risco...
R: As mulheres que ficaram com ovários morreram mais tarde. Não retirar o útero e os ovários reduz o risco de mortalidade.

Maria de Jesus da Conceição
P: Fiz uma mamografia há muito tempo e revelou que o peito esquerdo tem caroços...
R: Se o nódulo está estável na mamografia, então não é maligno. É má prática retirar sempre.