quarta-feira, 23 de julho de 2008

Visita à Exposição Fotográfica «Covilhã Antiga» - 1860 a 1960

23 de Julho
17h00
O Centro Comunitário das Portas do Sol e algumas das suas utentes (11 pessoas) vistou a Exposição de fotografia "Covilhã Antiga", propriedade da loja de fotografia Ilfoto, que dão a conhecer a cidade entre 1860 e 1960, patente na Loja Ponto Já, no Edifício do Mercado Municipal .

A Exposição

Rua Comendador Campos de Melo (vulgo Rua Direita) - edifícios que arderam após 25 Abril

Igreja de Nossa Senhora da Conceição, junto ao Jardim Municipal.

Largo 5 de Outubro, ainda com o monumento de homenagem ao soldado desconhecido - 1931

Praça do Município ainda com o coreto

Praça do Município ainda com placa de estacionamento e polícia sinaleiro

Edifício da Câmara, Cadeia e Telefones. Muralha sobre o antigo café Montalto (hoje Millenium - BCP)

Demolição do antigo edifício da Escola Central (antigamente situada onde hoje se encontra o Sporting Shopping Center)

Demolição do antigo edifício conjunto da Câmara, Cadeia e Telefones.

Escola Campos de Melo

Fonte que se encontrava no Pelourinho e, hoje, está no largo junto ao Jardim Municipal.

Antigas piscinas municipais, frequentadas por gente de todas as idades durante várias gerações. Hoje o espaço é coberto e nele realizam-se aulas de natação e hidroginástica.

Antigo edifício dos Correios

Antigo quartel - hoje Pólo I da Universidade da Beira Interior

Antiga esquadra PSP (cedida gratuitamente à actual APPACDM) e café Senhor Gavinhos, antes frequentado pelos taxistas

Antigo Quartel - hoje Pólo I da UBI - Igreja de São Martinho e Fábrica Têxtil Giria
Edifício conjunto da Câmara, Cadeia e Telefones. Vê-se também a muralha do antigo Café Montalto (hoje Banco Millenium BCP)
Demolição do antigo edifício câmara cadeia e telefones
Praça do Peixe (frente ao antigo edifício do BNU) , na Rua António Augusto de Aguiar.
Praça do Município ainda com a Joalharia Franklin, onde está hoje o Teatro-Cine

Parada dos militares do antigo quartel na Praça Município (1931)
Rua Capitão Alves Roçadas - ainda com drogaria Pedroso, farmácia Pedroso, café Leitão - onde hoje está o café Centro Cívico

Antigo Café Montiel e Papelaria Ideal da Beira
Testemunho da covilhanense Maria da Conceição
Alves Barata Carrilho – 68 anos
Recordo-me do quartel antigo (hoje pólo I da UBI), que eu lembro-me quando era garota, passava lá e andavam os soldados lá com os cavalos, passavam pela rua – que era muito bonito -, atrás das empregadas (chamavam-lhes sopeiras – que eram as criadas de servir), e eles andavam atrás delas, e o quartel era muito bonito. E lá em cima na carreira de tiros, onde eles faziam os treinos. Recordo-me disso tudo, e achava que se agora estivesse cá o quartel seria uma grande cidade.
A Escola Central não era onde está agora, era ali onde é o Banco Espírito Santo e o Sporting Shopping Center.
Recordo-me da cadeia, onde era a Câmara – até fazia um arco para passar para Santa Maria. E atrás da Câmara, ainda lá está atrás uma mina de água – que vem ter ao Calvário. Diziam que era aí que metiam os presos para os levar de um lado para o outro.
Quanto a mim confesso que o Pelourinho está muito triste. Está tudo a ir lá para baixo, levaram tudo aqui do centro e o Pelourinho está triste. As pessoas não têm onde pôr os carros e tudo o que têm é a pagar. Saímos à noite, aqui no centro não se vê ninguém. Recordo-me do Pelourinho antigo, que havia uma placa no meio da praça, punham lá os carros. Havia lá um coreto, para onde a banda ia tocar. O coreto foi para o jardim e daí levaram-no para o Paúl, mas é uma pena. Lembro-me da fonte, que sempre esteve ao pé do antigo café Montalto, e depois é que a mudaram ali para o jardim. O monumento ao soldado desconhecido, que está no jardim, estava no Largo 5 de Outubro. Junto à actual Caixa Geral de Depósitos havia umas grades, que iam para baixo, e aqui estava um largo e chamavam-lhe o Chiado, que era uma loja que lá havia. Junto à Igreja da Misericórdia, na Rua Capitão Alves Roçadas, (onde estão os correios novos) havia 2 ou 3 escadas onde havia uma farmácia, uma drogaria, umas tabernas, uma loja que era do Romano e o solar - que era uma casa onde as pessoas iam comer e jogar cartas, etc – , havia uma barbearia, havia um alfaiate (o Senhor Roque). Antigamente houve lá um salão de cabeleireiro, que era a Dona Carmen, e havia lá vários Partidos de esquerda – só que depois aquilo ardeu, já a seguir ao 25 de Abril. Já na rua que desce para Santiago estava o Senhor Abílio que fazia barbas e cortava cabelos.

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